quarta-feira, 7 de julho de 2010

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Você vai ou não vai???

Faltando alguns minutos para o ônibus das 14h sair da rodoviária e no balcão de vendas de passagens tem um sujeito carente que estava com vontade de conversar com o agenciador de passagens.

Que horas tem ônibus para Sorocaba?
Tem um às 15h30
Hã... ele sai daqui da rodoviária?
Sim, plataforma 39
Certo! Mas depois deste das 15h30, tem que horas?
Outro só as 18h30.
Nossa!! Mas que horas ele chega em Sorocaba? Passa onde antes? Vai direto?
Não senhor! Ele não vai direto. Passa antes em outra cidade. Chega quase 20h
Tarde né??? Então eu vou no das 15h30. Tem ar condicionado neste?
Tem sim!! O senhor vai querer uma passagem?
Quanto é?
R$20,00
Legal! Volto depois, ainda tem tempo para às três e meia!!!

Depois o sujeito sai andando.

Como você espera ser atendido quando chega a sua vez? Sorriso no rosto ?
...

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Janeiro já foi!

Passei um tempo sem escrever por aqui. O tempo corre e quando deixamos para o próximo dia, vira uma bola de neve e sempre fica para o outro dia.
Não faltaram oportunidades nem assuntos para postar, mas algumas prioridades e em outros momentos foi a preguiça, isto tudo atrapalhou.

Fim de ano a rodoviária ficou lotada de figuras que passam de todos os lados e vão para os mais variados pontos. Eu lá vendo tudo e pensando em escrever algumas linhas. Teve um dia que viajei ao lado de um velho de 94 anos e na semana anterior eu havia sentado ao lado de uma mãe com um bebê de apenas 6 dias. Teve a famosa "saidinha" dos detentos que passaram as festas fora do presídio, muitos ainda não voltaram. Enfim, muita coisa, mas o que me fez escrever hoje é um sujeito que vai dar a volta ao mundo.
Ele sempre fica nas proxidades da rodoviária de Campinas. A frase: "dá uma moeda para eu interar minha passagem" é a mesma. No meu modo de entender, penso que ele deve estar juntando moedas para dar a volta ao mundo. Faz quase um ano que só varia a esquina, mas a frase e a roupa quase não sofrem variações. Só deve estar guardando para a compra do "tour".
Duro mesmo é o cara que você diz: não tenho nada!
Ele retruca:
Pô!!! mas num tem nem 10 centavos????
Qualquer hora vou rolar no chão com um desses... Vai ficar me tirando...
Não tenho e ponto final!

Ponto final é outra coisa comum nesta vida de ônibus!

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Lotação - Clássicos da Periferia

Hoje dois "tretas" conversando no busão me fizeram lembrar de uma animação muito antiga, início das animações na internet discada.




http://www.youtube.com/watch?v=rFQmsjNLkyg

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Hê lá ia!!!!

Que legal!!!! Muita cultura!!!!

Quero ver fazer graça no busão lotado, na sexta-feira, às 18h no meio do congestionamento!

Cada uma! E o preconceito rola solto na cabeça do "artista".
"Levar arte para essas pessoas, para o passageiro comum..." Ué??? O que seria: "essas pessoas"??? E o que poderemos imaginar de um "passageiro comum"???
Você conhece o Victor? Não? Então vai andar de ônibus. Ele disse: "estamo tocando para um público que não nos conhece..." Se for assim ele vai ter de andar de ônibus no Brasil inteiro!!!!

Ficou curioso? Estou falando disso:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/videocasts/ult10038u644020.shtml

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Saquinho para que???

Lá na rodoviária de Campinas entrei no ônibus da VB e fui para meu lugar, não via a hora de voltar para casa. Segunda-feira é assim mesmo, depois fica pior!
No banco ao meu lado tinha uma "Japa" (com todo respeito e admiração aos amigos orientais) e com ela uma bolsa no colo, nas mãos uma sacolinha de alguma companhia aérea que eu não consegui ver muito bem.
O ônibus nem saiu da Lix da Cunha que está em reforma e eu já estava entrando em estágio avançado de sono. Pouco tempo depois de estar na Anhagüera, eu acordei e me deparei com a moça virada totalmente de costas para mim e bem de frente com a janela. Meio sonolento não entendi o ritual, mas depois eu escutei um barulho bem conhecido e saquei o que estava rolado. A Japa estava colocando "os bofes" para dentro do saquinho. Tadinha, veio o tempo todo se contorcendo e segurando para não fazer muito barulho. E eu do outro lado rezando para o saquinho não transbordar e imaginando se fosse comigo nos meus dias de inspiração alcoólica... Esse povo ia ver o que é barulho na hora do úgo!

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Batidão!!!




Voltei, não deixei de andar de ônibus, mas estes dias estava só na captação de fatos. Também tenho tido muito trabalho com o outro Blog - ALA & Amigos - ele sempre precisa de atualização. O pessoal das competições pede atualização e a Dani me deixa de castigo se eu atrasar no serviço.
...
Voltando ao busão...

Não sei onde vai parar, mas o fato é interessante!

O celular nasceu grande, depois com os anos ele foi diminuido até ficar difícil de segurar com as pontas dos dedos na hora de falar. Quanto menor, mais "fudidão" ele era!
Mais recentemente voltou o celular no formato retangular e maior. Parecia uma caixa de canetinha de antigamente. Aquelas branquinhas com seis cores, no máximo. E era caro aquele sonho de consumo da garotada.
Agora o lance "fodão" é ter um celular que toca MPzentas coisas, TV digital, analógica e ainda assim burra, tira foto, faz vídeo e acessa a internet - risos... não sei com que crédito... Hã ele também tem uma coisinha que hoje é o lance mais legal do busão urbano.

Já mostrei que o ônibus é grande e vai lotado até o teto! Agora imagina a cena:

O happer entra com o celular tocando um "ême-ci" nacional, isto no volume máximo - fone de ouvido é coisa de pobre! Manja? O lance é celular com som potente!
Ao lado a garota quer ouvir uma banda formada de meninos que parecem meninas e usam cabelos com franjas de chapinha e choram quando não ganham o prêmio da MTV.
Logo mais entra a Zileide Creusa que vai p/as Mansões Sto Antonio cuidar da "casa" da Beatrizinha que tem butique no Cambui. A Zileide Creusa curti uma rádio FM que lê cartas dos ouvintes e o locutor tem vozerão de garanhão de quermesse. A Zileide tem uma colega que além de curtir setanejo, também quer conversar e contar sobre a vida do patrão.
A garota que trabalha no shopping, em alguma loja descolada, tem uma porção de tatuagens e curti Metal, mas no volume que se deve ouvir Metal. Máximo!
Agora imagina que tudo isso está em um metro quadrado e se repete pelo busão inteiro. Muito caos!!!
Vai chegar um dia que vai dar merda! Este dia eu quero descer no mesmo ponto de sempre.

Fui!