quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Lotação - Clássicos da Periferia

Hoje dois "tretas" conversando no busão me fizeram lembrar de uma animação muito antiga, início das animações na internet discada.




http://www.youtube.com/watch?v=rFQmsjNLkyg

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Hê lá ia!!!!

Que legal!!!! Muita cultura!!!!

Quero ver fazer graça no busão lotado, na sexta-feira, às 18h no meio do congestionamento!

Cada uma! E o preconceito rola solto na cabeça do "artista".
"Levar arte para essas pessoas, para o passageiro comum..." Ué??? O que seria: "essas pessoas"??? E o que poderemos imaginar de um "passageiro comum"???
Você conhece o Victor? Não? Então vai andar de ônibus. Ele disse: "estamo tocando para um público que não nos conhece..." Se for assim ele vai ter de andar de ônibus no Brasil inteiro!!!!

Ficou curioso? Estou falando disso:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/videocasts/ult10038u644020.shtml

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Saquinho para que???

Lá na rodoviária de Campinas entrei no ônibus da VB e fui para meu lugar, não via a hora de voltar para casa. Segunda-feira é assim mesmo, depois fica pior!
No banco ao meu lado tinha uma "Japa" (com todo respeito e admiração aos amigos orientais) e com ela uma bolsa no colo, nas mãos uma sacolinha de alguma companhia aérea que eu não consegui ver muito bem.
O ônibus nem saiu da Lix da Cunha que está em reforma e eu já estava entrando em estágio avançado de sono. Pouco tempo depois de estar na Anhagüera, eu acordei e me deparei com a moça virada totalmente de costas para mim e bem de frente com a janela. Meio sonolento não entendi o ritual, mas depois eu escutei um barulho bem conhecido e saquei o que estava rolado. A Japa estava colocando "os bofes" para dentro do saquinho. Tadinha, veio o tempo todo se contorcendo e segurando para não fazer muito barulho. E eu do outro lado rezando para o saquinho não transbordar e imaginando se fosse comigo nos meus dias de inspiração alcoólica... Esse povo ia ver o que é barulho na hora do úgo!

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Batidão!!!




Voltei, não deixei de andar de ônibus, mas estes dias estava só na captação de fatos. Também tenho tido muito trabalho com o outro Blog - ALA & Amigos - ele sempre precisa de atualização. O pessoal das competições pede atualização e a Dani me deixa de castigo se eu atrasar no serviço.
...
Voltando ao busão...

Não sei onde vai parar, mas o fato é interessante!

O celular nasceu grande, depois com os anos ele foi diminuido até ficar difícil de segurar com as pontas dos dedos na hora de falar. Quanto menor, mais "fudidão" ele era!
Mais recentemente voltou o celular no formato retangular e maior. Parecia uma caixa de canetinha de antigamente. Aquelas branquinhas com seis cores, no máximo. E era caro aquele sonho de consumo da garotada.
Agora o lance "fodão" é ter um celular que toca MPzentas coisas, TV digital, analógica e ainda assim burra, tira foto, faz vídeo e acessa a internet - risos... não sei com que crédito... Hã ele também tem uma coisinha que hoje é o lance mais legal do busão urbano.

Já mostrei que o ônibus é grande e vai lotado até o teto! Agora imagina a cena:

O happer entra com o celular tocando um "ême-ci" nacional, isto no volume máximo - fone de ouvido é coisa de pobre! Manja? O lance é celular com som potente!
Ao lado a garota quer ouvir uma banda formada de meninos que parecem meninas e usam cabelos com franjas de chapinha e choram quando não ganham o prêmio da MTV.
Logo mais entra a Zileide Creusa que vai p/as Mansões Sto Antonio cuidar da "casa" da Beatrizinha que tem butique no Cambui. A Zileide Creusa curti uma rádio FM que lê cartas dos ouvintes e o locutor tem vozerão de garanhão de quermesse. A Zileide tem uma colega que além de curtir setanejo, também quer conversar e contar sobre a vida do patrão.
A garota que trabalha no shopping, em alguma loja descolada, tem uma porção de tatuagens e curti Metal, mas no volume que se deve ouvir Metal. Máximo!
Agora imagina que tudo isso está em um metro quadrado e se repete pelo busão inteiro. Muito caos!!!
Vai chegar um dia que vai dar merda! Este dia eu quero descer no mesmo ponto de sempre.

Fui!

sábado, 10 de outubro de 2009

Acidente de percurso

Quando comecei a minha vida de cidadão da Anhangüera, eu viajava todos os dias de carro.
Sol, chuva, neblina, fumaça, sujeira na pista, motoristas irresponsáveis, animais na pista, motoqueiros sem noção, caminhoneiros - mais dormindo do que acordados -, buracos, pessoas atravessando a pista (isso acontece embaixo da passarela), congestionamentos e outras coisas que fazem parte do cotidiano da rodovia eram muito mais próximos da minha armadura de lata e vidro.
Com o tempo, as mudanças aconteceram e a opção pelo ônibus se mostrou a mais segura e tranquila. Posso ler, dormir, escrever, conversar, atender telefone celular e ainda rende histórias para o Blog. Tudo bem que é necessário acordar mais cedo e o retorno é mais tarde, mas ainda assim é a melhor escolha, para mim.
Se estamos em dia de chuva a tensão não atingi na mesma proporção de quando estamos no volante. Congestionamento não estressa, sol não atrapalha a visão e assim a sensação de segurança é maior. Os colegas de jornada se acostumam com a gente, os funcionários das rodoviárias e das empresas de ônibus viram personagens do dia a dia e assim formamos mais um universo.
Sexta-feira - como de costume - eu fui às 6h da manhã para Campinas e dentro da minha função profissional comecei a buscar por reportagens para a emissora de televisão que eu trabalho. No meio da manhã veio a informação de um acidente na Anhangüera, acidente grave e vários veículos envolvidos, entre eles um ônibus da Caprioli, logo vem o estranhamento de quem usa sempre este veículo no transporte, mas por conta do momento e da função, não há tempo para ficar imaginando ou analisando os fatos. O primeiro passo é checar a informação junto aos Bombeiros e outras fontes, depois tirar a equipe de dentro de outra reportagem que estava sendo produzida em Piracicaba e fazer ela correr para Limeira. Tudo armado, após alguns minutos é hora de respirar fundo e continuar o dia, mas a vontade de divulgar a informação faz com que o Twitter seja usado para passar as primeiras notícias.
Com a equipe no local a repórter passou o nome das vítimas, puxa vida, que merda!!! Eles eram funcionários da viação e também conhecidos. Naquela manhã tinham feito a primeira viagem do dia quando eu estava no ônibus. A gente nunca imagina que o "bom dia" ao entrar no ônibus e o "muito obrigado" e também o "bom trabalho" ao sair, nem sempre acontecerão da maneira desejada.