quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Lotação - Clássicos da Periferia

Hoje dois "tretas" conversando no busão me fizeram lembrar de uma animação muito antiga, início das animações na internet discada.




http://www.youtube.com/watch?v=rFQmsjNLkyg

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Hê lá ia!!!!

Que legal!!!! Muita cultura!!!!

Quero ver fazer graça no busão lotado, na sexta-feira, às 18h no meio do congestionamento!

Cada uma! E o preconceito rola solto na cabeça do "artista".
"Levar arte para essas pessoas, para o passageiro comum..." Ué??? O que seria: "essas pessoas"??? E o que poderemos imaginar de um "passageiro comum"???
Você conhece o Victor? Não? Então vai andar de ônibus. Ele disse: "estamo tocando para um público que não nos conhece..." Se for assim ele vai ter de andar de ônibus no Brasil inteiro!!!!

Ficou curioso? Estou falando disso:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/videocasts/ult10038u644020.shtml

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Saquinho para que???

Lá na rodoviária de Campinas entrei no ônibus da VB e fui para meu lugar, não via a hora de voltar para casa. Segunda-feira é assim mesmo, depois fica pior!
No banco ao meu lado tinha uma "Japa" (com todo respeito e admiração aos amigos orientais) e com ela uma bolsa no colo, nas mãos uma sacolinha de alguma companhia aérea que eu não consegui ver muito bem.
O ônibus nem saiu da Lix da Cunha que está em reforma e eu já estava entrando em estágio avançado de sono. Pouco tempo depois de estar na Anhagüera, eu acordei e me deparei com a moça virada totalmente de costas para mim e bem de frente com a janela. Meio sonolento não entendi o ritual, mas depois eu escutei um barulho bem conhecido e saquei o que estava rolado. A Japa estava colocando "os bofes" para dentro do saquinho. Tadinha, veio o tempo todo se contorcendo e segurando para não fazer muito barulho. E eu do outro lado rezando para o saquinho não transbordar e imaginando se fosse comigo nos meus dias de inspiração alcoólica... Esse povo ia ver o que é barulho na hora do úgo!

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Batidão!!!




Voltei, não deixei de andar de ônibus, mas estes dias estava só na captação de fatos. Também tenho tido muito trabalho com o outro Blog - ALA & Amigos - ele sempre precisa de atualização. O pessoal das competições pede atualização e a Dani me deixa de castigo se eu atrasar no serviço.
...
Voltando ao busão...

Não sei onde vai parar, mas o fato é interessante!

O celular nasceu grande, depois com os anos ele foi diminuido até ficar difícil de segurar com as pontas dos dedos na hora de falar. Quanto menor, mais "fudidão" ele era!
Mais recentemente voltou o celular no formato retangular e maior. Parecia uma caixa de canetinha de antigamente. Aquelas branquinhas com seis cores, no máximo. E era caro aquele sonho de consumo da garotada.
Agora o lance "fodão" é ter um celular que toca MPzentas coisas, TV digital, analógica e ainda assim burra, tira foto, faz vídeo e acessa a internet - risos... não sei com que crédito... Hã ele também tem uma coisinha que hoje é o lance mais legal do busão urbano.

Já mostrei que o ônibus é grande e vai lotado até o teto! Agora imagina a cena:

O happer entra com o celular tocando um "ême-ci" nacional, isto no volume máximo - fone de ouvido é coisa de pobre! Manja? O lance é celular com som potente!
Ao lado a garota quer ouvir uma banda formada de meninos que parecem meninas e usam cabelos com franjas de chapinha e choram quando não ganham o prêmio da MTV.
Logo mais entra a Zileide Creusa que vai p/as Mansões Sto Antonio cuidar da "casa" da Beatrizinha que tem butique no Cambui. A Zileide Creusa curti uma rádio FM que lê cartas dos ouvintes e o locutor tem vozerão de garanhão de quermesse. A Zileide tem uma colega que além de curtir setanejo, também quer conversar e contar sobre a vida do patrão.
A garota que trabalha no shopping, em alguma loja descolada, tem uma porção de tatuagens e curti Metal, mas no volume que se deve ouvir Metal. Máximo!
Agora imagina que tudo isso está em um metro quadrado e se repete pelo busão inteiro. Muito caos!!!
Vai chegar um dia que vai dar merda! Este dia eu quero descer no mesmo ponto de sempre.

Fui!

sábado, 10 de outubro de 2009

Acidente de percurso

Quando comecei a minha vida de cidadão da Anhangüera, eu viajava todos os dias de carro.
Sol, chuva, neblina, fumaça, sujeira na pista, motoristas irresponsáveis, animais na pista, motoqueiros sem noção, caminhoneiros - mais dormindo do que acordados -, buracos, pessoas atravessando a pista (isso acontece embaixo da passarela), congestionamentos e outras coisas que fazem parte do cotidiano da rodovia eram muito mais próximos da minha armadura de lata e vidro.
Com o tempo, as mudanças aconteceram e a opção pelo ônibus se mostrou a mais segura e tranquila. Posso ler, dormir, escrever, conversar, atender telefone celular e ainda rende histórias para o Blog. Tudo bem que é necessário acordar mais cedo e o retorno é mais tarde, mas ainda assim é a melhor escolha, para mim.
Se estamos em dia de chuva a tensão não atingi na mesma proporção de quando estamos no volante. Congestionamento não estressa, sol não atrapalha a visão e assim a sensação de segurança é maior. Os colegas de jornada se acostumam com a gente, os funcionários das rodoviárias e das empresas de ônibus viram personagens do dia a dia e assim formamos mais um universo.
Sexta-feira - como de costume - eu fui às 6h da manhã para Campinas e dentro da minha função profissional comecei a buscar por reportagens para a emissora de televisão que eu trabalho. No meio da manhã veio a informação de um acidente na Anhangüera, acidente grave e vários veículos envolvidos, entre eles um ônibus da Caprioli, logo vem o estranhamento de quem usa sempre este veículo no transporte, mas por conta do momento e da função, não há tempo para ficar imaginando ou analisando os fatos. O primeiro passo é checar a informação junto aos Bombeiros e outras fontes, depois tirar a equipe de dentro de outra reportagem que estava sendo produzida em Piracicaba e fazer ela correr para Limeira. Tudo armado, após alguns minutos é hora de respirar fundo e continuar o dia, mas a vontade de divulgar a informação faz com que o Twitter seja usado para passar as primeiras notícias.
Com a equipe no local a repórter passou o nome das vítimas, puxa vida, que merda!!! Eles eram funcionários da viação e também conhecidos. Naquela manhã tinham feito a primeira viagem do dia quando eu estava no ônibus. A gente nunca imagina que o "bom dia" ao entrar no ônibus e o "muito obrigado" e também o "bom trabalho" ao sair, nem sempre acontecerão da maneira desejada.


quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Mais um Dia Mundial sem carro

Nem vou escrever nada! A história é a mesma, o que muda é o clima!



terça-feira, 22 de setembro de 2009

Dia mundial sem carro!



Hoje resolvi fazer parte do Dia mundial sem carro.

A história é mais ou menos assim:

Seis horas o ônibus sai para Campinas. O mesmo velho Caprioli de sempre.
Faltando cinco minutos para chegar sete horas, já em Campinas, ando pela Lix da Cunha e sigo até a Sarmento.
Espero um ônibus que passa dentro do tempo de uns cinco ou dez minutos. Se tudo correr bem... Correu!
Sete e dez entro dentro de uma caixa sanfonada que me leva por alguns quarteirões. Quase sempre lotado, mas o bom é saber que todos estão participando do dia mundial sem carro.
Depois do trabalho, a volta.
Treze e trinta no ponto. Espero o ônibus linha 241 que passa próximo da rodoviária.
Caminho por algumas ruas lindas onde vejo mais pessoas que estão participando do Dia mundial sem carro, sem casa, roupa, comida, saúde, segurança, oportunidade e dignidade. Porém estão participando! Afinal é preciso viver.
Quatorze horas o VB sai da rodoviária com muita gente em poltrona errada e reclamando que os números não servem para nada. É tradição este ônibus ser assim - meio sei lá! Jeitão dele!
Mais uma hora e estou em Lesmeira. Assim fiz minha parte! Amanhã será diferente, nem que seja em alguns minutos para mais ou para menos!

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Lembrança da infância

Pelo título desta postagem você pode achar que vou lembrar da minha infância e das minhas viagens de ônibus. Que nada!
Eu adorava andar de trem. Ia para Barretos de trem e isso demorava uma noite toda. Comia pão com sanduíssi e tomava refresco. Mas na verdade a lembraça que eu disse no título é outra.

Me lembro quando eu ia passear nos zoológicos e me supreendia com alguns animais, uns pela cor da pena, pelo tipo de pele, tamanho, ferocidade, graciosidade e outros me surpreendiam pelo cheiro. É recorrente quando falamos de jaula o cheiro de alguns locais fedidos. Faz uns dias que o ônibus da Caprioli vem contribuindo com essa lembrança. Ô banheiro fedido!!!

Imagina às 6 horas da madrugada você entrar dentro de uma jaula. Pois é! Assim eu vou para Campinas! Numa jaula!
Estou pensando também em escrever uma carta para o Luciano Huck fazer um programa "Lata Velha" com a frota da Caprioli. Só pau velho! Daqui uns dias eles colocam adesivo na traseira do ônibus: "é véio mai tá pago!"


quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Encaixotado!


Orientação contra a H1N1: quando sair do transporte coletivo, lave as mãos, pois muitas pessoas tocam onde você também tocou.
Constatação: Hoje no meu caso não foi necessário. Desde o momento que o ônibus (linha 134) enconstou no ponto e eu entrei, até o momento em que eu desci, não encostei em nada do ônibus. Fiquei o tempo todo com os braços levantados - igual um grande show de Heavy Metal - só fui sendo levado pela massa até perto da porta por onde eu ia descer. Senti a sensação de ser um lápis dentro de uma caixa com zezentas e tantas dezenas de cores. Totalmente encaixado!

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Tudo Ok!

Segunda-feira de rodoviárias com estudantes em trânsito.
Limeira com alguns estudantes indo para as "facu" de Campinas. Alguns "mauricinhos" e "patricinhas" e nenhum "chinelinho de couro".
Já em Campinas, muitos chinelinhos de couro, camisetas do "Che", barbas nos caras e pelos embaixo do braço das garotas. Tudo volta ao normal depois de uns dias a mais nos braços do papito!

No transporte coletivo começou novamente o período de aperto. A mulecada (colegial) tá afim de ir para a aula. Medo da gripe que nada! Pelos comentários, até nas escolas estaduais novos conceitos foram exigidos e estão em voga. Aperto de mão sem abraços e beijo só se for para valer! Lá no fundo, bem atrás do banheiro! Lembra? Vai dizer que não?

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Caminho das pedras

Auspicioso
A palavra se tornou mais comum devido ao uso na novela “Caminho das Índias”. Sim, eu vejo novela, Pânico, Silvio Santos, Gugu, Faustão, Luciana Gimenez e mais uma porção de coisas. Odeio Dostoievski e não dispensaria a doação de uma assinatura da revista Veja, Casa & Decoração e outras do naipe.

Se estas condições me caracterizam como casta inferior, um Delta fecundado através do método Bokanovsky, não me importo.

Na verdade, quando eu comecei a escrever sobre a palavra auspicioso é porque hoje eu caminhava para pegar o ônibus circular e lembrei da palavra. Eu caminho cerca de 30 metros por uma rua que chega em uma avenida, nesta avenida tem um ponto bem próximo onde eu entro no ônibus da linha 241. O problema é que enquanto eu ando esses 30 metros eu vejo os carros que passam na avenida. Estava caminhando e vejo passar a linha 360, poucos metros atrás o 116 (Barão Geraldo) e o 134 (Barão Geraldo). São os únicos que juntamente com o 241 passam nesta avenida. Agora digam: é auspicioso ver todos esses ônibus passando e você sabe que o seu também pode aparecer antes da hora? Realmente não é auspicioso ver esta cena, mas neste dia deu tudo certo e o 241 veio no horário previsto.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Homenagem

Segunda-feira e muita pressa para voltar para casa. Compromisso muito ruim, mas a consideração com os amigos nos momentos difíceis é o mínimo.
Força!


Foto: Agnaldo Rodrigues/2004

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Dia dos Pais

Fim de semana com Dia dos Pais para agitar a sexta-feira. Rodoviária de Campinas registra aumento de 11,3% no número de passageiros. (Jornalista adora citar porcentagem. Nem entendem o que isso quer dizer, mas sempre estão vomitando números que a dona de casa vai entender menos ainda)
Por falar em passageiros, hoje tinha algumas pessoas "andando mole" pela rodô. Elas não passariam no teste do bafômetro se precisasse dele para elas subirem na escada rolante. Imagina a sensação da cachaça: a terra girando e além disso se movimentando para cima.
Outro grupo fácil de notar é a turminha que tem direito a fazer a "saidinha do Dia dos Pais". Os detendos de várias cidades passam por Campinas. No ônibus para R.Claro/Limeira vieram alguns. Desta vez estavam tranquilos, já acompanhei algumas viagens mais agitadas. Entre eles tinha um com terno e gravata. Depois de ouvir um pouco o papo, deu para entender: ele é preso, mas faz parte de uma igreja. Então ele estava com o terno porque já tinha ido em um culto em Campinas. Eu pensei que era um advogado! Melhor assim!
Desta observação me veio a preocupação se esses presos que estão nas ruas também servirão de transporte para o H1N1 entrar nas cadeias. Motivo de atenção por parte dos reponsáveis. No Brasil, comédia.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Extra ! Extra! (edição especial)

Meus caros (2) leitores, por falta de opção, pois o conteúdo do jornal Tododia não é aberto para todos, vou colocar a matéria neste blog para maior demovratização da notícia.
Eu daria um Sonho de Valsa para quem descobrir qual usina planta cana em área "ocupada".
Você sabe?
É... enquanto ando de ônibus eles estão num foguete!

Confira!


Cana de açúcar é plantada em área pública
Claudete Campos - Americana - Jornal TodoDia

Área ocupada por cana irregularmente equivale a 45 campos de futebolUma área de 36,3 hectares (360 mil metros quadrados) da Prefeitura de Americana, na Região do Pós-Represa de Salto Grande, está ocupada por plantações de cana de açúcar, possivelmente de forma irregular. Para se ter uma ideia da dimensão, equivale a metragem de 45 campos de futebol. A constatação foi feita ontem à tarde pelo vereador Marco Antonio Alves Jorge, o Kim (PDT), e pelo secretário de Planejamento, Luiz Carlos Martins.
Vereador e secretário foram identificar as áreas públicas na região. Dos 32 milhões de metros quadrados da região do Pós-Represa, 2,5 milhões equivalem a áreas do Estado, União e município (7,8% do total). Diante a constatação do plantio de cana em terra pública, há possibilidade de a prefeitura cercar a área e cobrar pelo arrendamento, se a ocupação não tiver sido autorizada pelo poder público, informou o secretário.
“Vamos ver as providências que vamos tomar. Tenho dúvidas se a prefeitura recebe alguma coisa. A área é nossa, mas está ocupada dessa forma”, disse Martins. Segundo o secretário, vai enviar técnicos e topógrafos para fazer as demarcações do terreno. A Secretaria de Negócios Jurídicos também será acionada.
A prefeitura fará um amplo estudo sobre ocupação da área até março do ano que vem. Para Martins, o desenho de ocupação dessa região é o grande desafio não só da administração, mas como da sociedade civil, para definir a vocação da região. “É sagrada a região dos pós-represa por causa do grande estudo a ser organizado”, disse Martins.
Kim disse que o convite para Martins visitar a área foi para ver a real situação do uso e ocupação dos terrenos públicos na região. “Aqui no terreno do município está sendo cultivada cana”, disse Kim. Também é plantada cana na propriedade da Fazenda Pública do Estado.
O vereador pedetista é enfático: “Nesse relacionamento, quem quer que seja, vai ter de utilizar a área levando em conta a questão da sustentabilidade, como queima da palha da cana e uso de agrotóxico. É dever do poder público dar o exemplo e exigir que respeite e adote medidas do ponto de vista da sustentabilidade ambiental”, afirmou Kim.
O posicionamento das áreas da prefeitura, do Estado e da União na região foi levantado pelo vereador a partir de decretos confrontados com pesquisas no Cartório de Registro de Imóveis para localizar as matrículas das propriedades. Segundo Kim, essas terras foram confiscadas para quitação de impostos.
Dos 32 milhões de metros quadrados da Região, 72 hectares (720 mil metros quadrados) são de propriedade da União. Essa área coincide com a localização do Assentamento do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra, o Acampamento Milton Santos. Na região, ainda há 125,76 hectares (1,25 milhão de metros quadrados) da Fazenda Pública do Estado.

Cidadão Sarney


Hoje resolvi fazer pesquisa de campo e ver como está o centro de Campinas. Peguei a linha 241 e não pulei no ponto de costume. Fui até a 13 de Maio e depois no "Shopping Azul" - Camelódromo. Adquiri duas cópias de materiais para análises - Cidadão Kane c/ documentário "A batalha por Cidadão Kane" e "Quero ser John Malkovich". Depois de um tempo é necessário ver novamente algumas coisas e quem sabe mudar o ponto de vista.
O material de pesquisa é de cunho particular, sou contra a pirataria. Também sou contra a pouca vergonha no Senado, o excesso de impostos, a corrupção, trafego de influência, pedágios com preços abusivos e a cobrança do IPVA, monopólios, monocultura e mais uma porrada de coisas que esfregam na nossa cara todos os dias e temos que cheirar sem por o bucho para fora de tanto nojo deste país F.D.P. - citando o grande hino do Ultraje a Rigor.
Dentro da rodoviária de Campinas, pela primeira vez eu vi um cidadão andando com máscara cirúrgica. Não sei se tem relação com a nova onda, ou se ele passou por tratamento em hospitais da cidade. É comum ver pessoas usando as máscaras em coletivos que vão para a Unicamp. Mas isso não tem relação com a gripe.
Por hora é só! Amanhã é quinta-feira e precisarei reponder novamente que não vi futebol na noite desta quarta.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

O perigo dorme ao lado!


Pó! Parece que todos os dias quando volto para casa tem uma pessoa com resfriado, gripe, rinite ou outras “ites” ao meu lado no ônibus.
Coisas que passavam em branco, tomam maior destaque nesses tempos de gripe H1N1. Não tenho pânico e não acredito em motivos para ficarmos confinados e com medo do fim do mundo. Penso que devemos ter novas atitudes e que elas já deveriam fazer parte do cotidiano, mas por conta dos nossos costumes ainda agimos amistosamente.
Lavar “sempre” as mãos após tocar em locais coletivos e de grande circulação de pessoas, preferir lenços descartáveis e nunca espirrar ou tossir sem cobrir a boca e o nariz. Não compartilhar da mesma garrafa e copo. Evitar o contato com pessoas com gripe e não ficar muito próximo quando estivermos com gripe. Mas enfim, quem anda de ônibus sabe como é a história. Então o negócio é apelar para a sorte quando o sujeito ao lado está com gripe e você vai passar uma hora embalado dentro do busão.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

TOC ! TOC !


Tem uma passageira que entra no ônibus, senta numa poltrona, abaixa o encosto, fecha as cortinas e depois levanta e vai para outra poltrona repetir a cena. Isso todos os dias. Só não dá certo quando o busão tá bufando!
Também tem a mulher que quer chegar primeiro. Ela senta sempre na primeira fila e faz questão de ser a primeira a entrar no ônibus.
O cara do travesseiro gosta de dormir com conforto. Senta, abre a bolsa e arranca um travesseiro para apoiar a cabeça. Fico imaginando se um ladrão roubar a mochila e sair correndo. Quando abrir para ver o saldo da malandragem, o malaco vai dar de cara com um travesseiro. Parece aquele que toda criança anda abraçada e até deve ter nome.
Eu não torço para nenhum time, não assinto jogo de futebol e tenho até um certo asco. Já afirmei isso inúmeras vezes no ônibus, mas existe um sujeito que toda quinta-feira me pergunta os resultados dos jogos da noite anterior.
O passageiro da poltrona 42, aquele do início da história, deve estar de repouso. Sumiu e faz tempo que não tenho a sensação de estar no local errado e ele vai chegar para me expulsar.
Férias escolares também fez sumir uma porção de outras figuras do toc toc!


quinta-feira, 23 de julho de 2009

Linha cruzada



Você conseguiria entrar em um ônibus que vai para uma cidade diferente da qual você comprou passagem? Pois bem...

Isso é muito mais comum do que meus caros (dois) leitores possam imaginar. Sempre tem uma pessoa com a passagem errada dentro do ônibus! Sempre, seria exagero da minha parte, mas uma vez por semana eu garanto.

Na rodoviária de Campinas, na plataforma 40, sai o ônibus às 14h para Limeira. É comum o motorista durante a última revisão dos canhotos das passagens encontrar um sujeito que vai para Sorocaba ou Itu. Olha que na frente do ônibus tem o nome da cidade.

O mesmo acontece com o ônibus que sai às 6h para Campinas. Um dia eu ví o susto de um senhor que estava dormindo e acordou próximo ao pedágio de Sumaré.
- Nossa, aqui num é Piracicaba???

O pior é esconder o rosto e engolir a gargalhada! Socialmente, politicamente, ecologicamente incorreto, mas confesso que é engraçado ver o sujeito olhando pela janela e de alguma maneira tentar relacionar a paisagem vista com o local onde ele queria ir. E a pergunta:
- Mas aqui num é Piracicaba? ué? Tá diferente!

A solução: ir até a rodoviária de Campinas e voltar no mesmo ônibus para Limeira. Depois descer e entrar no ônibus que vai para Piracicaba. Sem custo financeiro aos bolsos do passageiro.

Esta semana aconteceu com uma mulher. Ela só descobriu que Campinas não era Piracicaba quando o ônibus entrou na rodoviária. Eu não presenciei a cena, mas me reportaram que foi um escândalo a indignação da mulher. Gritos, chingamentos e ameaças. Perdi!
Resultado: um carro da empresa de ônibus levou a mulher para Piracicaba e o motorista foi suspenso por três dias.

Então cuidado!!!

terça-feira, 21 de julho de 2009

Call Center





Com a nova Lei que rege a relação dos clientes com as empresas, a comunicação ao Serviço de Atendimento ao Consumidor ficou muito mais rápido. Eu vou provar!

O ônibus nem tinha deixado a rodoviária de Campinas e um sujeito ligou para a Claro. De início ele passou os números dos protocolos de contatos anteriores, sempre muito educado chamava a atendente de “moça”.

Moça, já pedi para cancelar as outras linhas e ainda estou pagando!

Mas moça! Cê num tá entendendo, se eu pedi para cancelar é porque eu não quero mais pagar a franquia dessas linhas.

Blá blá blá... blá blá blá... (do outro lado da linha e ele lá com o telefone na orelha)

Olha! Moça! Eu já disse que vocês não estão me entendendo.

Assim com esse papo eu fui entrando em transe e acabei dormindo.

Quase chegando em Limeira, mais ou menos perto da entrada da empresa Brigatto eu despertei e tive a grata surpresa de ver (ouvir) que o problema do companheiro de viagem estava solucionado. Ele havia conseguido o cancelamento de todas as linhas e agora também queria cancelar a internet. O contato foi tão rápido que na rodoviária de Limeira eu desci e ele ainda falava com a moça!


segunda-feira, 20 de julho de 2009

Aga-um Ene-um



Depois das notícias do fim de semana, ficamos sempre com um pé atrás. Ou melhor, os dois!
Vidros lacrados e circulador de ar ligado no Caprioli das seis da manhã. Será que tem vírus circulando aqui dentro? Será o H1N1? Em Campinas morreram seis pessoas com suspeita da “gripe suína”, e agora? Estou indo para lá!
Bom, depois de alguns quilômetros o sono bate e o medo já era! O negócio é dormir.

Mais uns 40 minutos e é chegada a hora de entrar em outra estufa de vírus. O circular 134 já vem com os vidros embaçados. Eu, no ponto, estava esperando ver o motorista e o cobrador com máscaras. Que nada! O velho sorriso e o “bom dia" de sempre! Tudo tranquilo, não na minha cabeça. Uma janelinha aberta e lá vou eu ficar do lado.
Nem cinco minutos ou nem dez quarteirões e eu já pulei para a rua.
Chegando na empresa vamos seguir as recomendações da OMS: lavar as mãos com sabonete e muita água, abrir as janelas em detrimento do aparelho de ar, limpar o telefone e usar somente o seu, quando espirar usar um lenço e depois limpar as mãos novamente, quando dar as mãos para pessoas com qualquer tipo de gripe, lavar novamente as mãos. Evitar por as mãos nos olhos, nariz e boca.
...
No retorno para Limeira o circular estava quase vazio e os vidros abertos, parecia uma Ferrari conversível. Humm!!! Exagero heimm!
Na rodoviária eu procurei por todos os lados e não encontrei ninguém com máscaras. Também não vi nada nas ruas de Campinas.
No ônibus para Limeira, mais ou menos uma meia dúzia de crianças juntos com os familiares e nada de máscara. Acho que ainda não existe o pânico ou não estamos acreditando nos perigos. Parece que nem as autoridades da Saúde estão.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Mudança de cenário

Com as férias escolares a configuração mudou um pouco. O ônibus circular de Campinas está com menos pessoas. A rapaziada da escola está de folga.

Por outro lado a rodoviária recebe um público diferente neste período. Ontem eu achei que tinha visto minha tatuagem andando por lá! Era quase igual o desenho que tenho nas costas.

Eu heimmm... isso porque eu nem comi a coxinha da padaria do quarteirão debaixo.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Anônimos conhecidos



Depois de uma noite mal dormida – gripe – fui para a rodoviária de Limeira pegar o busão para Campinas. Mesma cena de um mês atrás. Mesmas pessoas, o mesmo ônibus velho e o mesmo motorista. Os mesmos mendigos com os seus cachorros. E eu!

Engraçado como todos olham para a gente como se fossem conhecidos íntimos que estavam com saudade. Existem pessoas que converso e viajo diariamente faz três anos e não sei o nome. Quando o cenário muda para o ônibus circular de Campinas a história se repete.

O mesmo cobrador, motorista e ponto lotado! Acho que todos voltaram de férias no mesmo dia que eu.

terça-feira, 7 de julho de 2009

FIM das férias!

Depois de um mês em casa e prestes a voltar ao serviço, eis que surge em mim uma gripe de última hora. O negócio é prestar atenção, em Campinas os casos de Gripe A (suína) estão pipocando aos montes!

Eu penso que o correto era ter uns transportes coletivos com maior circulação de ar.

terça-feira, 30 de junho de 2009

$ Pedágios $



Atenção povo que não compactua com a minha predileção por ônibus.
Vem ai mais uma notícia do mundo cão!
Reajuste dos pedágios!

http://www.artesp.sp.gov.br/download/artesp_tarifas_pedagios_julho_2009.pdf.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Férias

Faz quase um mês que a TV me deu férias, mas todos os dias o despertador me acorda no mesmo horário em que o ônibus sai da rodoviária de Limeira. Bom é poder ficar mais pouco embaixo do edredom.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Viagem de negócios

Sentadinho, acomodado e de retorno para Limeira. Ar condicionado regulado em uma temperatura agradável, céu limpo e trânsito dentro do normal.

Também não houve estresse no ônibus circular para chegar na rodô, passou na hora de costume e assim eu não perdi a viagem de negócios.

Que negócio é esse de negócios?

Na poltrona do outro lado do corredor, um sotaque sulista meio cantado falava ao celular. Lembrei da canção do Kleiton e Kledir...

Essa Maria Fumaça
É devagar quase parada
Oh seu foguista
Bota fogo na fogueira
Que essa chaleira
Tem que tá até sexta-feira
Na estação de Pedro Osório
Sim senhor!...

Bem, mas o assunto do celular era outro. A mulher falava com alguém de Limeira e dizia que quando chegasse na rodoviária queria ir visitar algumas galerias de folheados antes do fim do dia. Combinou tudo certinho e beleza!

Do outro lado do ônibus um sujeito se aproximou da mulher e se apresentou com cartão na mão e começou a dizer que também era fabricante de peças folheadas.

Conseguiu sentar ao lado dela e começou abrir malas e mostruários de peças. Descobriu que a mulher era de Porto Alegre e estava chegando em Limeira para fazer algumas compras, lógico que se incluiu no roteiro dela. Da conversa dos dois eu descobri que em Limeira tem pessoas especializadas no acompanhamento desses compradores pelas lojas das fábricas e galerias que comercializam as peças fabricadas na cidade. Um guia turístico, guia de compras, sei lá como se chama! Mas existe este profissional.

A viagem não durou muito. Limeira não é tão longe de Campinas, porém negócios aconteceram.



Capital da Jóia!


Jóia?

terça-feira, 2 de junho de 2009

Zé Carlo

Você conhece o Zé Carlo?
Não!
Nem eu! Mas o sujeito não deixou eu dar uma dormidinha no busão desta segunda-feira!

Começa uma música, sabe lá de onde vem, depois dá para perceber que é um celular com estes toques maravilhosos que a modernidade permitiu e o povo abraçou com paixão. Cada um mais criativo que o outro. O dono se sente o máximo! Legal!!! sou o cara mais legal com meu super toque!
Bão! enfim!

Toca o celular do cara e ele grita: Zé Carlo!
silêncio...
...é o Zé Carlo pode fala!
...num tô ouvindo, tô drento do ônibus! Liga daquipoco!

Uns dez minutos depois

Zé Carlo!
...
Ainda não cheguei!
...
Quando eu chegar eu ligo!


Mais uns minutinhos

Zé Carlo!
...
Já vendi! Geladeira vende rápido. Agora tenhu um fogão e um armário
...
Tá. Se eu arrumar outra eu ligo!


Quase em Limeira e...

Zé Carlo!!!! Pois não!

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Ônibus sem banheiro






Só sabe o que é um banheiro dentro do ônibus quem precisa.

Seis e trinta e mais uns minutos, o horário da saída não é britânico e muito menos o idioma. Ainda bem, senão eu não teria essa história para contar!
Entra no corredor uma mulher com os braços cruzados e vai para o fundo do busão, logo ela volta praguejando o rapaz que vendeu a passagem.

- Eu pedi do lado do banheiro. Num tô bem! O que adianta vender a passagem do fundo se não tem banheiro.

Sempre nos horários que a VB precisa de mais ônibus para Itu, Sorocaba e outros itinerários, a linha que vem para Limeira fica sem o carro com ar condicionado e sem banheiro.

Logo depois volta a mulher e o motorista e vão conversar com uma pessoa que estava nos primeiros bancos.

- O senhor poderia trocar de lugar com essa senhora que não está bem. Ela pediu uma passagem no fundo para ir ao lado do banheiro, mas esse ônibus não tem banheiro.
- Sem problemas. Vou lá no fundo e você pode sentar aqui.
- Brigadu! Motorista, se eu não estiver bem aviso o senhor!

Fiquei pensando uma coisa: se ela precisar, o motorista vai para o busão no acostamento para ela dar uma cagadinha? E o resto vai ficar na janela torcendo para tudo dar certo?
E quando acabar o serviço, será que vai limpar com o que?
Depois da cena ela terá coragem de voltar para dentro do ônibus e olhar para os outros 43 passageiros?

Poxa!!! Por sorte dela e nossa...
tudo veio dentro do normal!

quinta-feira, 21 de maio de 2009

A importância do livro no ônibus

Sempre tenha dentro da bolsa algum livro. Se for do Fyodor Dostoevsky é melhor. Vou explicar.

Sabe aquele dia que você quer aproveitar os quilômetros de rodovia para tirar uma pestana? Então!
Vem um ou uma e senta ao seu lado. Sem você perguntar a pessoa começa contar a vida, o olho pisca duro, mas não dá para dormir. Minha mãe diz que é feio!
Se antes disso você estivesse com o livro aberto na cara, ninguém iria puxar papo, muito menos se encontrar você lendo o dito cujo já citado! Não vou reescrever porque o nome do cara é complicado. Se essa tática não funcionar você pode começar a citação de trechos do pensamento de filósofos niilistas. Não funcionou? Dá o Dostoevsky de presente!

terça-feira, 19 de maio de 2009

O Preso e a Estudante

Todos sabem que perto do Dia das Mães, dos Pais, Natal e outros tantos feriados, o governo dá uma colher de chá para os detentos. Alguns que se encaixam dentro das regras podem dar uma saidinha da cadeia.
Foi numa dessas saidinhas que o busão estava com uns quatro dententos no fundão. Veio a garota abraçada em um monte de livros e sentou ao lado de um deles. Já viu né!
Papo furado para lá, papo furado para cá...

_E ai ? Tú estuda o que?
_Faço Direito!
_Pô! mais uma advogada nesse mundo! Bando de merda! Tô de saco cheio dessa turma que só ranca dinheiro da gente!
_Hã! é... fazer o que né? Tem profissional ruim em todos os ramos.
_Pô! mas o mundo já tá cheio de advogados!
_Sim! Eu sei! Mas meu pai é Juiz e eu não vou advogar. Quero seguir os caminhos dele e ir para magistratura!
_Huuugggg...
Silêncio nos últimos 50 quilômetros!

Não sei se a garota era filha do Juiz, mas que o detento não pagou para ver, isso eu sei!


Anos de cadeia e muita lábia! Anos de busão e mais lábia ainda!

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Plantão do busão



Sábado experiência diferente, andar em uma linha desconhecida. Dia normal para ficar em casa, mas fui cedo para Campinas participar de um seminário. Lógico que esse negócio de papo cabeça tem um preço. Passei pelo camelódromo e comprei uns DVDs democráticos. Não vou entrar na questão da pirataria, mas tenho o ponto de vista que os piratas cumprem um papel dentro da democratização do entretenimento e da cultura.
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O retorno para a rodoviária provocou mais observância do meio. Depois de esperar qualquer ônibus que me levasse até mais próximo do centro, veio um! Dentro encontrei um sujeito que alugava todos com a história de ter sido um dos maiores peões de rodeio de Barretos. Até que ele encontrou um sujeito que disse para diminuir a cachaça senão o touro iria chifrar a bunda dele. Ou ficaria bêbado com o bafo e não conseguiria nem pular.
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Terminal Central às 18h de sábado. É Punk mermão!!!
Embaixo do Viaduto Cury tem umas bocadas e umas cenas que são merecedoras de fotografia, mas quero ver a coragem de apontar a câmera para um personagem de lá!
O lance é se transformar em mais uma figura que passa pelo local e ir para casa sem despertar interesses. Sexo, drogas e happer’s!!!!
Fui!

Garoa de sexta!

Sexta chegou e com ela veio a garoa.
No busão 134, logo pela manhã os cabelos de chapinha já começavam erguer as pontas e o povo ia mostrando a cara, ou melhor, o cabelo. Ainda bem que eu ia descer logo, fiquei imaginando o espaço que aquela cabeleira ia ocupar na metade superior do ônibus.
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Passou o horário do trabalho e chegou a hora de ir rumo ao terminal Barão Geraldo. No “tapetão” a cabeça começa pesar e os olhos fecham, mas não dá! Ainda faltam algumas horas para poder abrir uma latinha. Neste meio tempo ainda preciso ver a Audrey Hepburn.
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Mais uma hora e depois mais uma.
Fim de tarde de sexta indo embora no 332 até o aerobusão de Campinas. Lá tudo igual. Corre aqui, paga ali, desce acolá e pronto! Dentro do VB que ainda precisa atravessar a barreira do congestionamento da Anhanguera até próximo de Sumaré. Depois tudo fica calmo.



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Para os mais novos, Adelaide original!!! Rá-Tim-Bum

O cara não! Só a Adelaide.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Fim da greve

Na noite do dia 13, depois de cinco horas de negociação na sede do TRT de Campinas, decidiram acabar com as minhas caminhadas. Voltei para a vida sedentária.

Hoje cedo tirei uma soneca dentro do Caprioli, cuidadosamente dirigido pelo Rocha, cheguei no meu ponto da Lix da Cunha. Segui até a Sarmento e pulei todo feliz dentro do 134. A greve acabou e a galera agradece.!

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Terceiro dia de greve - Parte II

Mais pelo fim da manhã, depois da passeata atrasar a vida de meio mundo, inclusive a minha, o sindicato se reuniu em assembléia com os trabalhadores e decidiram manter a greve. Hoje no fim da tarde tem outro encontro dos representantes do sindicato e das empresas na sede do Tribunal Regional do Trabalho.
Amanhã tenho outro encontro com a minha caminhada. Fazia tempo que a minha vida estava sedentária. Agora poderei participar da São Silvestre!

Tudo parado na Lix da Cunha, desde o trevo da Bosch

Carros nas ruas e pontos de ônibus vazios.

Terceiro dia de Greve

Hoje cedo está tudo ferrado. A avenida Lix da Cunha parou por conta de uma passeata de motoristas e cobradores do transporte coletivo de Campinas.
Alguns quilômetros de congestionamento, alguns minutos de atraso.
E viva!



terça-feira, 12 de maio de 2009

Segundo dia

Acho que estão preocupados com minha saúde. Chegando em Campinas fiz uma caminhada enquanto os ônibus estão guardados dentro das garagens.


Segundo dia de greve segue sem muita baderna. No primeiro dia algumas pessoas quebraram os vidros dos ônibus que tentavam correr. Hoje só estão tentando uma passeata pelo centro de Campinas no fim da tarde. Nada que comprometa o caos já existente.


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O trânsito que já não é aquelas coisas, ficou pior! Montão de carro poluindo.


Fico imaginando se chover. Aí tô ferrado!


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Nem tudo é assim, no retorno para casa o minibus passou e lá fui no 241!!! Pontual!!

Na rodoviária tudo quase normal. Normal nunca vai ser, sempre tem um doido querendo subir pela escada rolante que desce!



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Qualquer dia vou prender e empalhar um desses caras que cortam o cabelo e usam roupa igual de São Francisco. Iria ficar legal lá na coleção da Dani!

segunda-feira, 11 de maio de 2009

GREVE !!!!

Hoje não tem história do ônibus circular.
Eles estavam em greve e por muita sorte consegui embarcar em um microbusãosinho.
Vamos ver amanhã!


No outro ônibus nem vi nada! O domingo foi difícil, muita cerveja para nossa mãe!

Dias das Mães

Correria na rodoviária lotada! Sexta-feira é dia de movimento e novas observações sobre o local!
O negócio é chique, tem até gente bebendo um chopinho enquanto eu passo cansado e bufando para chegar até a plataforma 40.
Nesta sexta tinha um povo diferente, são os filhos das mães indo para casa.
No busão esta escrito: proibido falar com o motorista. Mas o dito cujo não fica um segundo calado. Veio de Campinas até Limeira contando a vida dele e especulando a vida do passageiro do primeiro banco.
E não é que os dois nem falaram das mães.

Proibido falar com o motorista


Passageiro dormir a passar do ponto eu já vi, mas motorista não parar no ponto é outra coisa!

A conversa na cabine reservada para o motorista estava tão boa que o ponto ficou para trás. Isso porque o motorista sabe que ali descem umas cinco pessoas todos os dias. Não vamos até a rodoviária, ficamos ali... faça chuva ou faça sol...
Resultado: meia hora de atraso para entrar no trabalho. Não que eu estava animado, mas precisei ir até a rodoviária e fazer o caminho inverso. Só fiz isso umas duas vezes. Sempre sigo de fora para dentro. Desta vez fiz o caminho de dentro para fora da rodoviária! Gostei! Quebrou a rotina e achei que estava em outro lugar.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Bibelô


Mesinha do Bibelô!


O que tem a ver o ônibus e a mesinha que todos temos em casa. Oras bolas! Vamos lá!

As duas mulheres estavam loucas da vida dentro do coletivo, não com os trancos, mas com os trecos!

- Pra mim é tudo igual. Eu tiro pó, limpo uma coisa de cada vez e depois coloco tudo no lugar.
- Eu também, mas a dona fulana deve ser louca, cada bibelô fica num canto da mesa e olhando para o lado certo. Deve ser simpatia de rico! Fica doida quando limpo a mesa!
Acho que vou parar de limpar aquelas porcarias!
- Já avisei que qualquer dia mando tudo pro lixo, esses dias quebrei o pescoço de um negócio que ela trouxe de um passeio que fez nos estrangeiro! Menina, mas ela ficou brava!


Opa! É minha hora de pular fora do busão!



segunda-feira, 4 de maio de 2009

Vida normal !



Vida normal e semana sem feriado! Também não ganhei na Loteria.

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Cedo comi uma colher de mel e depois tomei meu café com leite. Quase que não deu tempo de chegar em Campinas! Alguma coisa deu errado no meu interior.

O retorno para casa quase foi voando. O vento que chegou em Campinas estava pra lá de forte. O dia virou noite e a sujeira da rua ficou girando na volta do Saci.

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Feriado chegando!



A ida até Campinas foi tranquila, mas nós - os usuários - estamos constatando que a pista está ficando grudenta. O percurso que antes era feito em cinquenta minutos, ultimamente não sai por menos de sessenta. O problema é que alguns minutos a mais furam todo o esquema de transbordo para o busão urbano.
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No retorno para casa, por volta das duas da tarde, a rodoviária já estava com o movimento mais intenso, muitos estudantes de retorno. O pessoal tem malas de todos os tipos, cores e tamanhos. Na plataforma do ônibus da Contijo que vai para Vitória da Conquista a concentração de caixas de papelão e sacos amarrados pela boca. Do outro lado o desfile dos modelos "tops" das malas da plataforma da Caprioli que vão para Cumbica. Isso é diversidade!

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Por alguns minutos fiquei procurando alguém com máscaras na cara. Acho que o pânico da gripe ainda não afetou as cabeças mais hipocondríacas. Ou eu já estou querendo de mais! Risos!!!

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Gripe com peperone

Hoje no ônibus da VB tinha alguns especialistas em gripe suína ou mexicana – a OMS ainda não decidiu qual nome dar à desgraça.

O papo dos cientistas

O primeiro explicou: o porco tem essa gripe, mas quando o vírus foi para o homem, ele – o vírus - ficou mais forte.
O outro ajuda: é! Tudo isso porque o homem é porco e tem contato com o bicho. Eu já falei pra minha mulher não comprar mais carne de porco até resolver o problema.
A informação mais impactante foi que no Brasil já tem caso confirmado. Essa nem o Bonner e Fátima Bernardes sabiam...

sábado, 25 de abril de 2009

Minha foto!


Para quem não me conhece eu vou mostrar. Sou esse ai ao lado, o 34!

Estou aqui!!!




Para quem pensa que eu "enriquei" e agora só ando de carro, ledo engano meu caro!




Estava um pouco ocupado, mas sempre no busão! Passei trabalhando alguns feriados, teve um dia que me senti dono da Caprioli, só eu às 6h da manhã indo para Campinas. Eu e o motorista, lógico!


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terça-feira, 7 de abril de 2009

Show de metal na rodô!




Em comemoração ao Dia do Jornalista, dois amigos resolveram fazer um "poquert chou" na rodoviária de Campinas. Ainda bem que não levaram os "ampli"!!



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Imagina o tiozinho acordando e dando "vuadora" nos metaleiros! Depois vão falar que ele é punk!

segunda-feira, 6 de abril de 2009

dedinho levantado e nada!


Segunda-feira começou bem!

Braço esticado e dedinho levantado pedindo o busão! Que nada!

Lotado até o teto! A sanfona do meio estava uns dois metros mais esticada que o normal... ainda bem que Deus protege!


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Na volta!


Quem disse que o 241 passou na hora? Chegou lá longe faltando uns 10 minutos para eu chegar no pé da escada rolante da rodoviária. Hoje tinha alguém querendo testar a minha sorte! Não é que o motorista desceu a Andrade Neves mais rápido que o Massa na corrida de ontem... Espero que sempre mantenham a revisão dos freios.




quinta-feira, 2 de abril de 2009

OVER

Para quem pensa que “overbuking” é no só na aviação, leia essa!

Caprioli de sexta-feira às 18h15 de Campinas para Limeira. Seu “Divaldo” lá na porta pegando a passagem e olhando o negócio encher. Depois que quarenta e poucas pessoas estão acomodadas ele começa o trajeto para “lesmeira”. Não tem mais lugar para passageiro sentado, mas na Lix da Cunha é uma parada atrás da outra. Cinco sujeitos já estão no corredor, entra na Anhangüera e mais alguns pontos e mais gente para o corredor. Nessas horas o melhor é tentar esquecer as aulas sobre óperas e não ouvir os sopranos! Sopranos e fedidos.
A diversidade da comida por quilo é algo dadaísta, principalmente no momento da liberação dos gases. Em poucos minutos de chacoalhos o ambiente fica tomado, os passageiros que estão sentados, portanto na linha de tiro, começam a dormir. Tudo OVER!!!

sábado, 28 de março de 2009

Uma hora por dois e cinquenta

Quer diversão e diversidade por preço baixo? Entre no “332” sentido rodoviária por volta das cinco da tarde às sextas-feiras. Tudo começa com o festival da saia indiana e as rasteirinhas de couro, tem o lado masculino com os dreadlocks, rastafaris e as barbas inspiradas no Chê. O papo é sempre o mesmo: “minha linha de pesquisa é...” “na dissertação vou seguir a dicotomia do...” “a sinergia da osmose será vista do prisma tecnológico e também sensorial do caso extremo pesquisado pelos gregos...” Mas na verdade eu percebo que eles pesquisam até quando o investimento do papai pode bancar a rebeldia juvenil. Não é bom falar muito, pois sabemos que é dali que surgem os grandes pesquisadores, ministros, secretários e alguns “aloprados” que conhecemos no cenário nacional.
Opa! Mais um ponto: agora é próximo da outra instituição. Entram as garotas das bolsas e malas das marcas famosas. Não conheço bem, mas percebo que a pirataria não é a praia deste pessoal. Os “caras” de barba feita, gel no cabelo e corpo malhado em academia de primeira se divertem nas epopéias. Os papos são sempre entorno das festas e das repúblicas. “Nossa veio, mó legal a festa “open-bar” de ontem, chapei de Absolut e Blue Label. Acordei legalzim e fui pra prova de Comércio Exterior!”
Logo que o ônibus passa perto das pequenas e singelas casas e condomínios, entram as diaristas que estão voltando para o outro extremo da cidade. Cabelo ainda molhado e alguns pingando água por entre os elásticos que seguram a armação. Sacolas do Extra com alguns presentes doados pela “patroa”. A conversa algumas vezes é sobre o culto e as orientações do pastor, mas tem também uma troca de informações sobre a vida dentro da casa dos “senhores”: um pouco de traição, cardápio, brigas, mesquinhez – coisa de novela!
Os óculos de sol e o tocador de música – neste caso, os originais e mais modernos do mercado - são as melhores armas usadas pelos educados estudantes. Sentam nos bancos do “busão” e nada veem ou ouvem. Pode parar uma senhora com inúmeras sacolas e quase caindo nas curvas, eles continuam não vendo nada.
A situação fia mais tensa quando o ônibus passa pela região central da cidade e tudo para. Quinze minutos e um quarteirão, as lojas fechando e o horário do outro ônibus se aproximando, emoção total. Nem os melhores brinquedos do “playcenter”, nos anos 80, eram capazes de despertar tamanha emoção.
Ponto final. O 332 entra na plataforma do Terminal. As portas são abertas e a prova dos 300 metros com barreiras começa! Pula mala, sobe escada, desvia dos retardatários, entra na fila e volta para casa em outro ônibus! Ou seja: outra história...

quinta-feira, 26 de março de 2009

Descarrego!

Quase duas horas da tarde, sol e calor de deserto, mas de "deserto" mesmo essa história não tem nada. Cada ponto que o ônibus parava descia três e subia oito. E essa progressão aumentava para cada ponto. Barão Geraldo ainda estava longe quando em um desses momentos de troca de atores, entra no palco uma senhora com um ramalhete de arrudas dentro de um saco debaixo do braço. Poucas voltas e alguns minutos e todos do ônibus já sentiam o cheiro esotérico do arranjo.
O saco era colocado no chão, depois agarrado junto ao corpo, passava para baixo do braço, preso entre as pernas, não havia lugar acomodado para o embrulho. Por detrás de um morro o ônibus entra na avenida de acesso ao Shopping D. Pedro. Quando a mulher avistou o Shopping ela virou um bicho. Foi até o cobrador e começou a indagação sobre as paradas do ônibus e a ida até aquele lugar. “Eu perguntei para o motorista se este ônibus ia para Barão, ele disse que sim. E agora o que eu vou fazer?” Mesmo com cara de pouca paciência o cobrador explicou que aquele caminho tinha de ser respeitado e logo nós estaríamos no Terminal Barão Geraldo. Ela não quis saber e começou a resmungar: “se soubesse teria ido com outra linha, tinha compromissos...” e tudo mais.
Depois de poucos (45) minutos, estacionamos no terminal e ela saiu correndo para dentro de outro ônibus e eu segui com o 332 para a Unicamp.
Somente no sábado quando contei essa passagem para a Dani, ela me lembrou que o dia anterior era uma sexta-feira 13.
Tá marradu!!!

quarta-feira, 25 de março de 2009

O louco e o Aspirador de gente

Ontem – terça-feira – estava tranquilo. Todo mundo cansado e com as cortinas fechadas. Mais próximo de Campinas as pessoas começam despertar do sono e descer, cada um segue para seu canto. Engraçado quando o sono é maior que o previsto e o ponto fica para trás. Foi em um dia desses que eu descobri que o celular tem despertador. Acordei com o motor desligando dentro da rodoviária.
Outra coisa interessante com relação ao celular dentro do ônibus é a possibilidade que ele tem em transformar o local em salas de reunião, escritório de advocacia, imobiliária, agência de veículos e até em locais mais íntimos. Rola namoro, lavagem de roupa suja de assunto familiar e outras curiosidades.

Hoje cedo – quarta-feira – tinha um cara no banco 40, ele falava muito, mas tinha algo errado. Eu não consegui ver o celular, logo desconfiei que ele estivesse falando sozinho. O papo estava tão interessante que até umas gargalhadas surgiam. Não fiquei olhando muito para o lado, porém garanto que o sujeito tinha cara de louco.

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Chegou meu ponto e lá fui eu, direto do intermunicipal para o urbano. O “aspirador de gente”. Preciso pegar um coletivo até o Jardim Chapadão! São as linhas 134, 116, 210.1, 241 todos me levam até uma caixa d’água que os campineiros chamam de Castelo. Faço o inverso na hora de ir embora. Saio das proximidades do "Castelo" para ir até a rodoviária que imita um aeroporto.

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Depois de mais um dia de trabalho estou de volta no meu devido lugar dentro do ônibus que volta para Limeira. Ouço a voz sussurrando e o sujeito das conversas internas estava por perto. Desta vez não pude ouvir muito bem qual era a tese que ele defendia, na mesma viagem tinha um garotinho abastecido por pilhas alcalinas. Nestas horas Limeira é tão longe!

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Aspirador de gente. (A explicação)
Um dia eu estava caminhando para o ponto afim de pegar o coletivo e ele passou, faltavam uns três quarteirões para eu chegar até a parada. Continuei na mesma passada e olhando para frente. O ponto lotado e o “busão” parado chupando todo mundo para dentro, cheguei mais perto e ele ainda aspirando todos. Esse dia eu resolvi esperar o próximo e não ser aspirado pelo 116. Fui no 241, é menor.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Problemas com os números

Se isso não acontecesse, eu estranharia. Primeiro dia útil com o Passageiro 34 no ar e não tenho história para contar. Cedo precisei ir com o carro da empresa para Campinas, nem de coletivo eu andei. Na volta surgiu uma carona para casa. Ou seja, vamos recorrer ao Centro de Documentação e resgatar alguns fatos.
Procuro entender algumas coisas enquanto espero o ônibus partir da rodoviária.
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O sujeito entra na casa lotérica e pinta algumas cartelas de jogos. A esperança é ganhar na loteria. Para isso ele precisa acertar os números escolhidos por ele, são números que lembram as datas de aniversários, placas de carros, telefones ou foram apontados por algum adivinhador do futuro.
O mesmo ocorre com a moça quando ela entra na saparia e escolhe o "scarpin". Quer sorte com o novo sapato e de preferência espera que ele não aperte o joanete. Para isso escolhe o número correto e não abre mão disso.
Você já tentou ligar no telefone da sua casa discando outro número? Não vai dar certo!
Com as senhas da internet, cartão bancário, computador do trabalho, cartão de ponto, cartão de crédito, número do CEP, número do candidato nas eleições e tudo mais! Só o número correto dará certo!
É neste momento que surge o meu dilema: qual é o motivo que leva a pessoa achar que o número da poltrona marcado na passagem não precisa ser o número que ela vai sentar?
“(...) senta aqui mesmo, a viagem é curta.”
“(...) daqui até ali é rápido, nem precisa de número!”
“(...) não gosto deste número, vou no fundo.”
“(...) na frente chega primeiro!”
“(...) nossa você por aqui? Vou sentar aqui para conversar!”
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Existem exceções.

Teve o dia que uma senhora exigiu a poltrona 9.
“O senhor está no meu banco, se eu sentar em outro número a pessoa vai me mandar sair”, disse a mulher apontando a passagem para o homem. Bem calmo ele respondeu que a passagem dele também era 9 e talvez houvesse algum erro na impressão. Conferiu a passagem da mulher e reconheceu que a passagem dela era 9. No mesmo momento uma outra senhora chegou com a passagem número 9. Todos tinham a passagem com número 9.
Depois de alguns segundos um outro observador que estava próximo disse para o trio: “este número é a plataforma onde o ônibus para! A poltrona é este outro número aqui!!”

Então “videiam” bem os números! Well... Well... Well...

sábado, 21 de março de 2009

Vamos começar...

Todos os dias vou escrever uma história relacionada ao Passageiro 34. Poderão acontecer dentro do ônibus ou fora dele, nos pontos, nas rodoviárias ou terminais. Quando a história não existir eu recorrerei ao Centro de Documentção e Arquivo Pessoal, assim resgatarei um epsódio. O mesmo deve acontecer aos sábados e domingos. Dias que não passo perto do meu objeto de pesquisa.

Abraços e boa leitura!

Indique, comente, participe, critique e viaje...


Agnaldo Rodrigues