quinta-feira, 26 de março de 2009

Descarrego!

Quase duas horas da tarde, sol e calor de deserto, mas de "deserto" mesmo essa história não tem nada. Cada ponto que o ônibus parava descia três e subia oito. E essa progressão aumentava para cada ponto. Barão Geraldo ainda estava longe quando em um desses momentos de troca de atores, entra no palco uma senhora com um ramalhete de arrudas dentro de um saco debaixo do braço. Poucas voltas e alguns minutos e todos do ônibus já sentiam o cheiro esotérico do arranjo.
O saco era colocado no chão, depois agarrado junto ao corpo, passava para baixo do braço, preso entre as pernas, não havia lugar acomodado para o embrulho. Por detrás de um morro o ônibus entra na avenida de acesso ao Shopping D. Pedro. Quando a mulher avistou o Shopping ela virou um bicho. Foi até o cobrador e começou a indagação sobre as paradas do ônibus e a ida até aquele lugar. “Eu perguntei para o motorista se este ônibus ia para Barão, ele disse que sim. E agora o que eu vou fazer?” Mesmo com cara de pouca paciência o cobrador explicou que aquele caminho tinha de ser respeitado e logo nós estaríamos no Terminal Barão Geraldo. Ela não quis saber e começou a resmungar: “se soubesse teria ido com outra linha, tinha compromissos...” e tudo mais.
Depois de poucos (45) minutos, estacionamos no terminal e ela saiu correndo para dentro de outro ônibus e eu segui com o 332 para a Unicamp.
Somente no sábado quando contei essa passagem para a Dani, ela me lembrou que o dia anterior era uma sexta-feira 13.
Tá marradu!!!

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